Palestra de encerramento do Symposium de Imaginação Ativa aborda a cura gay

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Por Emanuelle Spack 

O último dia do Symposium foi gratificante, pois os participantes encerraram as atividades com um quê de quero mais. “Eu achei maravilhoso! Foi muito emocionante, tocou lá no fundo da alma mesmo. Me emocionei por várias vezes e olha que sou difícil de chorar. Foi um final de semana de autoconhecimento. Estão de parabéns!”, revela a psicóloga de Curitiba, Fernanda de Oliveira Reis.
A quintessência revela a parte mais pura de um todo. Esse Symposium proporcionou aos seus participantes vivenciarem momentos únicos despertando, ao mesmo tempo, a sensibilidade para abrir novos caminhos na dimensão psicológica. Foi uma conjunção de psicologia e arte que teve a “finalidade de reapresentar a Imaginação Ativa como a técnica utilizada pela psicologia analítica, além do trabalho com os sintomas que é nossa especialidade, podendo ir muito além, culminando na dimensão mais essencial da arte”, explica Sonia Lyra. 

O tema que fechou os trabalhos foi “Androginia, Imaginação Ativa e a ‘cura gay’ no Brasil”, proferido pela Dra. Sonia Lyra. Recentemente a “cura gay” foi notícia em todo o Brasil e como o tema envolveu muito o universo dos psicólogos, Sonia Lyra recebeu muitos pedidos para falar do assunto que não estava na pauta das apresentações. “No desespero humano, que está por trás de todo o movimento gay, não só no Brasil, mas no mundo devido à gama de preconceitos e opressão que permeia o conceito homossexual (bi, trans, etc.), está o estado evolutivo que, justamente pela intensidade do desespero, pode levar ao suicídio, mas que pode levar também os indivíduos a saber quem são de fato, conduzindo-os à saída do desespero e à paz de espírito tão desejada. Levantamos algumas reflexões neste Simpósio, mas o grande trabalho de conscientização, tanto de gays quanto de não gays, ainda está por ser feito. O que aconteceu comigo ao receber o pedido de incluir o tema, foi que me dei conta de que talvez tenhamos milhões de gêneros, milhões de orientações sexuais em suas diferentes intensidades, indo desde o patológico ao espiritual, o que é comum a todos os gêneros, e do quão inconscientes são os homens genéricos, isto é, sem reflexão e abarrotados de julgamentos. Enfim, comecemos… porque até agora nada fizemos! Dizia São Francisco de Assis. E sua fala repercute pelos séculos chegando aos berros aos nossos ouvidos”, finaliza Sonia Lyra.”

Os temas trabalhados no domingo dia 15 de outubro foram: 
 
– Vozes e visões de John Cage. Claudia Reis 
– Cisne Negro: sob a sombra na Sétima Arte. Marcia Techy 
– Unus Mundus alquímico  A periculosidade da arte e a possibilidade de cura 
com a Imaginação Ativa. Guilherme Toffol 
– O Sol que ilumina a noite  Contemplação da Beleza em São Francisco de Assis. 
Ana Silvia de Andrade 
– O Soulcollage® A sabedoria da alma. Andrea Goulart de Carvalho 
– Encontros e despedidas  Imaginação Ativa com idosos e pacientes graves e/ou 
terminais. Iara Roman 
– Androginia, Imaginação Ativa e a “cura gay” no Brasil. Sonia Lyra 

Fotografias Lex Kozlik

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