Kierkegaard
Søren Aabye KierkegaardNascimento 5 de maio de 1813 em Copenhague – Dinamarca.
Morte 11 de novembro de 1855 em Copenhague – Dinamarca
Quanto mais seriamente o homem se esforça, mais ele chega à conclusão de que por si mesmo o que pode conseguir é muito pouco. O que ele pode, segundo Kierkegaard é, ao atingir a maturidade, abrir-se para a dogmática a qual pode lhe oferecer um novo início. Será pois, a ética a intermediária entre a filosofia e a dogmática, uma vez que lhe servirá de ponte (KK, XX p. 112). Enquanto o homem se mantiver nos limites humanos ele poderá nutrir-se de filosofia, porém, para ir além, sem que sua vida interior estagne, lhe restará ou bem descobrir existencialmente os limites do poder humano, entrando em desespero, ou ir em busca de um poder transcendente.
Pode-se dizer porém, que o transpor dos estadios existenciais é vivido pela exigência do reportar-se ao outro, numa relação tal que perpassa, três diferentes percusos (CRUBELLATI, 2015, p. 93): a) No estado estético a relação do homem é com a natureza, ou seja, com as forças naturais que operam no íntimo do indivíduo (o qual ainda não se tornou uma personalidade singular), sem liberdade rumo à uma subjetividade coesa. No entanto, ainda aqui há uma escolha, isto é, uma liberdade pela escolha de não escolher a si mesmo; b) O estado ético consiste na integração de si consigo mesmo por meio de uma ação interior, que aponta a ética, não como uma compreensão da existência, mas como um estado existencial. A ética em Kierkegaard “não é pois repetição mas sim relação” (CRUBELLATI, 2015, p. 95). Ainda que seja repetição na consciência do homem, não é certamente repetição na existência. Em meio a fragmentariedade das possibilidades existenciais, a existência é para a ética, um dever. Dever de ser si mesmo, enquanto uma personalidade íntegra. c) Na passagem do estado ético para o ético religioso não há passagem: paradoxo! Quando o homem escolhe Deus como referência para a sua ação - daí as obras do amor - o telos da existência não é mais o eu; o divino torna-se a meta da sua atuação, determinando “uma nova qualidade existencial, aquela do paradoxo do homem-Deus” (CRUBELLATI, 2015, p. 97). Essa religiosidade para Kierkegaard é, acima de tudo, uma nova qualidade no modo de vida, de existir que traz consigo a eternidade para a existência.
Quer saber mais sobre Kierkegaard?
Confira as aulas do Minicurso A Filosofia de Kierkegaard. “Kierkegaard e as obras do Amor” com Prof. Dra. Sonia Lyra.
Sonia Lyra é Pós-doutoranda da UFPR, Dra. em Ciências da Religião – PUCSP; Mestre em Filosofia – PUCPR; Graduada em Psicologia – PUCPR. Analista Junguiana formada pelo Instituto Junguiano de São Paulo, Associação Junguiana do Brasil e International Association for Analytical Psychology. O evento, promovido pelo Departamento de Filosofia da Universidade, coordenado pelo Prof. Dr. Edmilson Paschoal, faz parte da atividades do Pós-doutorado da Analista Junguiana Sonia Lyra. Aula gravada no dia 15, 23 e 30 de agosto de 2018 na UFPR – Campus Reitoria. Rua Dr. Faivre, 405. Ed. Dom Pedro II. 6º andar. Sala 603. Playlist A Filosofia de Kierkegaard. “Kierkegaard e as obras do Amor” com Prof. Dra. Sonia Lyra.
Pode-se dizer porém, que o transpor dos estadios existenciais é vivido pela exigência do reportar-se ao outro, numa relação tal que perpassa, três diferentes percusos (CRUBELLATI, 2015, p. 93): a) No estado estético a relação do homem é com a natureza, ou seja, com as forças naturais que operam no íntimo do indivíduo (o qual ainda não se tornou uma personalidade singular), sem liberdade rumo à uma subjetividade coesa. No entanto, ainda aqui há uma escolha, isto é, uma liberdade pela escolha de não escolher a si mesmo; b) O estado ético consiste na integração de si consigo mesmo por meio de uma ação interior, que aponta a ética, não como uma compreensão da existência, mas como um estado existencial. A ética em Kierkegaard “não é pois repetição mas sim relação” (CRUBELLATI, 2015, p. 95). Ainda que seja repetição na consciência do homem, não é certamente repetição na existência. Em meio a fragmentariedade das possibilidades existenciais, a existência é para a ética, um dever. Dever de ser si mesmo, enquanto uma personalidade íntegra. c) Na passagem do estado ético para o ético religioso não há passagem: paradoxo! Quando o homem escolhe Deus como referência para a sua ação - daí as obras do amor - o telos da existência não é mais o eu; o divino torna-se a meta da sua atuação, determinando “uma nova qualidade existencial, aquela do paradoxo do homem-Deus” (CRUBELLATI, 2015, p. 97). Essa religiosidade para Kierkegaard é, acima de tudo, uma nova qualidade no modo de vida, de existir que traz consigo a eternidade para a existência.
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Sonia Lyra é Pós-doutoranda da UFPR, Dra. em Ciências da Religião – PUCSP; Mestre em Filosofia – PUCPR; Graduada em Psicologia – PUCPR. Analista Junguiana formada pelo Instituto Junguiano de São Paulo, Associação Junguiana do Brasil e International Association for Analytical Psychology. O evento, promovido pelo Departamento de Filosofia da Universidade, coordenado pelo Prof. Dr. Edmilson Paschoal, faz parte da atividades do Pós-doutorado da Analista Junguiana Sonia Lyra. Aula gravada no dia 15, 23 e 30 de agosto de 2018 na UFPR – Campus Reitoria. Rua Dr. Faivre, 405. Ed. Dom Pedro II. 6º andar. Sala 603. Playlist A Filosofia de Kierkegaard. “Kierkegaard e as obras do Amor” com Prof. Dra. Sonia Lyra.
Nicolau de Cusa
Nascimento 1401, Bernkastel-Kues, Alemanha.Falecimento 11 de agosto de 1464, Todi, Itália.
Nicolau de Cusa nos convida a meditar profundamente o conhecimento intelectual, do modo como ele é. Aquele que assim o fizer terá seu espírito inundado de uma admirável doçura e saciado pelo alimento imortal.
Terá sua natureza transformada, transformando-se, ele mesmo, naquele que o alimenta. O desejo que move tal anseio é de natureza intelectual e nele se saciam os famintos e sedentos como quem bebe da fonte da vida.
É neste sentido que a visio intellectualis é, a unificação plena do ato cognoscitivo, que é atingida na medida em que nos elevamos em aproximação ao Logos Divino, quando o intelecto vai se recolhendo das alteridades diversas, podendo então entender e pensar a coincidência dos opostos (super rationem ) no desenvolvimento de um movimento mental contínuo. A condição para se entender essa verdade como ela é, nasce da negação de todos os predicados empíricos, ainda que seja através destes mesmos predicados que se possa ir para além deles.
Terá sua natureza transformada, transformando-se, ele mesmo, naquele que o alimenta. O desejo que move tal anseio é de natureza intelectual e nele se saciam os famintos e sedentos como quem bebe da fonte da vida.
É neste sentido que a visio intellectualis é, a unificação plena do ato cognoscitivo, que é atingida na medida em que nos elevamos em aproximação ao Logos Divino, quando o intelecto vai se recolhendo das alteridades diversas, podendo então entender e pensar a coincidência dos opostos (super rationem ) no desenvolvimento de um movimento mental contínuo. A condição para se entender essa verdade como ela é, nasce da negação de todos os predicados empíricos, ainda que seja através destes mesmos predicados que se possa ir para além deles.
Quer saber mais sobre Nicolau de Cusa?
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Friedrich Wilhelm Nietzsche
Nascimento 15 de outubro de 1844 em Röcken - Reino da Prússia.Morte 25 de agosto de 1900 em Weimar - Império Alemão.
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