Revista Coniunctio: Psicologia e Religião. ICHTHYS Instituto de Psicologia Anal;itica. São Paulo: ICHTHYS, 2020. v.2, n.3, 176p.
A inspiração para o nome desta revista de psicologia e religião – Coniunctio − vem da obra Mysterium coniunctionis, de Carl G. Jung, que aponta para a união dos opostos que compõem a fenomenologia paradoxal do si-mesmo, sendo essa a totalidade humana. Tal concepção traz consigo a ideia central de toda a alquimia antiga: a produção do ouro, ou seu equivalente simbólico, como meta da obra. A coninunctio é, pois, tanto parte do processo como o seu resultado final. O significado prático da coniunctio como imagem fundamental para a alquimia, no entanto, foi comprovado mais tarde, “em outro nível da evolução, mas além disso ela também possui um valor equivalente na esfera anímica: o papel que desempenhou na alquimia em relação às coisas incompreensíveis da matéria é o mesmo que desempenha em relação à descoberta das coisas interiores, obscuras, da vida anímica. Aliás, a sua eficácia em relação ao mundo material jamais se teria desenvolvido, se já não possuísse de antemão um poder de fascínio capaz de prender o espírito do pesquisador em sua linha diretriz. A coniunctio é uma imagem apriorística. Desde os primórdios, ocupa um lugar da maior relevância no desenvolvimento do espírito humano. Remontando à sua origem, vamos encontrar, dentro da alquimia, duas fontes das quais derivam essas ideias: uma cristã, outra pagã. A fonte cristã é inconstestavelmente o ensinamento de Cristo e da Igreja, o do sponsus et sponsa (esposo e esposa), sendo que a Cristo cabe o papel de Sol, e à Igreja, o de Luna. A fonte pagã é o hierosgamos (a hierogamia), por um lado, e, por outro, a união conjugal do místico com a divindade” (Lyra, 1999: 22)1.
Peso | 0,340 kg |
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Dimensões | 26 × 15 × 1 cm |
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