Imaginação Ativa é um método de introspecção psíquica desenvolvido e experimentado por Jung, muito semelhante aos exercícios espirituais de Santo Inácio de Loyola. Semelhante também ao trabalho com o corpo onírico desenvolvido por Arnold Mindel (analista junguiano da Suíça), onde se postula o confronto do eu com as imagens do inconsciente.
Nesta obra, são reunidas pela primeira vez são reunidas algumas das diferentes e possíveis abordagens da Imaginação Ativa, incluindo as primeiras pesquisas científicas já realizadas nessa área e a diferenciação fundamental com a Imaginação Criativa.
O mundo da Imaginação Ativa é paradoxal e na sua extrema simplicidade está contida a sua extrema complexidade. Isso significa que ela é assunto pouco popular, acontecendo geralmente de modo mais teórico que prático, devido à grande exigência que se faz para a habilitação do profissional que irá utilizá-la na clínica. Ao mesmo tempo, o leigo pode servir-se dela com simplicidade, para manejá-la na interação com seu mundo interno, desde que bem orientado sobre o método.
A Imaginação Ativa marca uma profunda mudança no trabalho analítico de Gustav Jung. As imagens interiores que ele acessou em seu inconsciente, constituíram, segundo ele, o mais importante momento de sua vida. Jung relata que toda a sua atividade ulterior consistiu em elaborar o que jorrava de seu inconsciente.
No Brasil, a analista Sonia Lyra, PhD, é pioneira nos estudos e utilização da técnica de Imaginação Ativa. Sua primeira pesquisa entre portadores de Bruxismo foi apresentada na Alemanha/Berlim em 2013. Desse modo, o foco principal para o uso da técnica atualmente pela doutora é a transformação do sintoma.
Este livro, juntamente com artigos de outros convidados descrevem trajetória histórica em construção da Imaginação Ativa no Brasil e no mundo.
Dando continuidade a trajetória da Imaginação Ativa no Brasil, a Analista Sonia Lyra e seus convidados, lançam o segundo livro da série sobre Imaginação Ativa.
A obra, Imaginação Ativa. Matéria–prima da Cura e Quintessência da Arte, lançada em 2017 no II Symposium, realizado no Museu Oscar Niemeyer – MON, expande a compreensão do tema e convoca os interessados para um verdadeiro retorno ao mundo interior. Trata-se de lançar um olhar para outro fenômeno, que também é uma arte ou, na linguagem da Psicologia Junguiana, tomada da Alquimia antiga, uma Opus. A arte de se tornar aquilo que se é; a arte de se tornar Si-mesmo.
Qual a maior aventura para o homem de hoje? Estará ele disposto a aventurar-se à procura do tesouro que enriquecerá toda a sua vida? Saberá ele onde procurar? Saberá ele que a todo herói que se lança numa aventura estão reservadas provas? Saberá ele que, se suportar e vencer as provas que o Amor lhe impõe, isto equivale à possibilidade de atingir o estado de Alma que também pode ser chamado “A Grande Libertação”, ou “A Salvação da Alma”, ou “A Flor de Ouro”, ou “O Conhecer-se a Si mesmo”, ou “O Elixir Vermelho” ou, ainda, muitas outras designações que lhe tenham sido reservadas.
O Elixir Vermelho… muitos falam de amor… desvela passo a passo as experiências de um “eu” que sofre, ao lançar-se nesta aventura, bem como as transformações necessárias. Ao longo deste livro, cada passo, aponta estágios do desenvolvimento interior, fundamentados com os relatos de outros autores que, com sua experiência e conhecimento, tocaram as fronteiras da Psicologia Profunda, do Esoterismo, da Arte, da Alquimia e da Religião, formando a sabedoria de todos os tempos e possibilitando ao leitor acompanhar seu próprio desenvolvimento pessoal. Todo aquele que ousar lançar-se nessa busca é um iniciado… Assim está escrito nas linhas e entrelinhas do Elixir Vermelho.
Esta obra já foi editada duas vezes e seus exemplares estão esgotados, podendo ser adquirido apenas em sebos.
O objetivo desta obra é constatar o modo como Jung interpreta a “morte de Deus” anunciada por Nietzsche em Assim Falou Zaratrustra. Para tal, faz-se necessário abordar o pensamento de Nietzsche no sentido de situar o surgimento e o desenvolvimento daquela obra, assim como discorrer sobre o niilismo, consequência da “morte de Deus” e da possibilidade do Übermensch.
Ao prever e diagnosticar o niilismo, a crise de valores e a décadence, Nietzsche propõe uma reavaliação de todos os valores que fazem de sua filosofia um contramovimento às condições que o determinam. Também com a expressão “morte de Deus”, Nietzsche está contribuindo para a construção do conceito fundamental desenvolvido por Jung: o Si-mesmo. Nos Seminários Nietzsche’s Zarathustra, Jung apresenta o personagem Zaratustra como um símbolodo Si-mesmo (Self/Selbst) e levanta a polêmica questão de que Zaratustra é uma confissão involuntária da psique do autor. As consequências da “morte de Deus” na perspectiva da Psicologia Analítica são entendidas como catástrofe tanto para o indivíduo como para a civilização em função da hybris humana exarcebada e, também, como possibilidade de realização do processo de individuação.
Nicolau de Cusa é um filósofo pouco conhecido entre nós. Nicolau de Cusa: Visão de Deus e teoria do conhecimento vem preencher esta lacuna e o faz de modo claro, profundo e, como escreve o próprio Cusano, contemplando o mistério do que nunca pode ser plenamente definido, mas apenas intuído de forma negativa: o princípio incausado de tudo o que existe, Deus. Neste percurso, a autora Sonia Lyra, PhD, nos faz entrar no sofisticado terreno de conceitos filosóficos e teológicos da tradição cristã, tais como, douta ignorância, visão de Deus (ambos títulos de obras de Nicolau de Cusa sobre as quais a autora se debruça) e a teologia mística e negativa. Todos eles se encontram num esforço comum: dizer o indizível.
Para percorrer esta paisagem intelectual, a autora nos coloca em diálogo com conteúdos da filosofia cristã antiga e medieval. O objeto deste estudo é a tentativa de compreender como podemos ver o invisível a partir do visível, portanto, de conhecer o que não se reduz ao sensorial, mas que dele participa, reunindo mundo material e espiritual diante de um intelecto humano encantado com o infinito. O Cusano buscou dar a filosofia um método de ver Deus, o mistério maior. Seu objetivo é, talvez, mais místico do que filosófico, mas seguramente é apaixonante para quem não se satisfaz com um mundo visível cego.
Pela primeira vez no Estado de Santa Catarina, com a introdução do tema “A visão de Jung: em sua época e na contemporaneidade”, inicia-se um movimento que quer opor, à visão contemporânea e mecanicista de mundo, uma visão que remete ao mundo interior, esse mundo da alma e de sua contínua ameaça a uma submersão na inconsciência.
O livro se coloca como um marco, registrando o início do movimento junguiano em Santa Catarina e como bem pontua o Dr. Carlos Harmath em seu capítulo “A Psique e sua dinâmica”, se faz necessário recolocar a alma em um lugar de destaque, ou seja, dar-lhe a devida dimensão e valor.
A abordagem feita pelo fundador do movimento junguiano no Brasil, o Dr. Glauco Ulson, ressalta a importância das relações entre analista e analisando, entre médico e paciente, bem como suas consequências nos processos de transformação da psique.
Dr. Durval de Faria traz aspectos da vida pessoal de Jung desde a infância até alguns momentos de sua vida adulta, apresentando o modo como foi constituída – brevemente – a sua mundivisão.
Fato marcante foi a procura pelo Minicurso sobre Sonhos, que abordou a função prospectiva dos sonhos (ou sonhos premonitórios).
Entre a grande relevância dos temas, Sonia Lyra, PhD, traz um novo olhar sobre a Padroeira do Estado, Santa Catarina de Alexandria, e seu importantíssimo papel na vida dos catarinenses: a de mentora dos buscadores do conhecimento.
Sonia Lyra Pós-Doutora e Mestre em Filosofia; Doutora em Ciências da Religião; Psicóloga; Analista Junguiana membro da IAAP (International Association for Analytical Psychology); Autora de vários livros; Presidente do ICHTHYS Instituto de Psicologia Analítica.
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