Lançamento Exposição Arquétipos XXIV Congresso Nacional AJB 2017

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A programação artística do XXIV Congresso Nacional da Associação Junguiana do Brasil AJB, realizado do dia 24 a 27 de agosto de 2017, no Mabu Thermas Resort – Foz do Iguaçu, contou com a  exposição fotográfica ARQUÉTIPOS da fotógrafa Sonia Lyra.

Um público de mais de 400 pessoas, entre psicólogos, médicos e psiquiatras participaram da mostra e puderam entrar por alguns segundos em um mundo paralelo: o imaginário.

Os quadros da Medusa e da Morte foram o que mais chamaram a atenção da psicóloga Ranife de Oliveira, do Acre. Segundo Ranife, a imagem conseguiu retratar o aspecto sombrio e devorador do feminino. “Eu sempre me interessei por esse feminino que burla as regras. Como fazemos parte de uma sociedade patriarcal, o feminino fica nas sombras. E às vezes, ele aparece”, disse. “Quando olho para esses quadros, é como se eu estivesse observando um sonho”, afirma.Já para a psicóloga curitibana, Sara Siverti Rodrigues, a fotografia da versão feminina do “Narciso” foi a mais impactante. “De longe tive a impressão que estava em movimento, mas não, era o reflexo na água. Muito instigante”.Para Sonia o objetivo foi alcançado. “Sou uma estudiosa dos arquétipos. E através da fotografia parece que consegui retratar um pouco desse lado mítico. Desses sonhos. Criar uma fantasia”.

Os ARQUÉTIPOS de Sonia

Sonia Lyra já reproduziu e fotografou 64 arquétipos, desses, 17 estão expostos na Mostra:

• Pity, que representa o confronto do “feminino” com os terrores do “masculino”;

• Lilith, a instigadora dos amores ilegítimos e vive nas profundezas;

• A Morte, que é o arquétipo da transformação, do desapego, do fim dos ciclos;

• Hades, o deus romano Plutão e o senhor dos mundos inferiores;

• Súcubo, demônio feminino detentor de um tremendo poder de sedução, induz a todo tipo de compulsões e obsessões sexuais;

• Medusa, guardiã e protetora da mitologia grega;

• Perséfone, revela a passagem entre a luz e a sombra; a consciência e o inconsciente;

• Pierro e Colombine, representam o triângulo amoroso;

• Héstia, protetora e guardiã do fogo;

• Fauno, designa o destino favorável, a profecia e protege em particular os pastores e agricultores;

• A Bruxa é a antítese da imagem idealizada da mulher;

• O Louco percorre o caminho dos mistérios;

• Kuan-Yin, é o bodisatva associado à compaixão e ao perdão;

• Eco é a Ninfa que suplica por diálogo, mas Narciso não ouve;

• Narciso, um dos mais famosos de suas metamorfoses;

• O Mundo, arcano maior do tarô, representa a conclusão de um ciclo;

• A Estrela, representa os arquétipos das revelações essenciais, da ajuda inesperada, da perspicácia, inspiração e clareza de visão.

Por onde passou

Antes de chegar em Foz do Iguaçu, a exposição “Arquétipos” já esteve no Museu da Fotografia, em Curitiba; no Centro de Artes e Criatividade Iracema Trinco Ribeiro, em Guarapuava e no Centro de Eventos Vitória, em Videira – SC.

“Sonia, é analista junguiana e trabalha há muitos anos com os arquétipos, mas desde 2012, quando começou a fotografar, faz a interpretação dos arquétipos através das suas lentes. São imagens fortes, mas com muita beleza e sensibilidade”, explica o fotógrafo e jornalista Alberto Melo Viana, curador da exposição.

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